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Depressão

O transtorno depressivo maior, também conhecido como depressão, é considerado um transtorno de humor e caracterizado por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.

A prevalência da depressão na população geral é de aproximadamente 15,1 e 16,8%. É atualmente reconhecida como problema prioritário de saúde pública, incapacitando parcial ou totalmente as relações pessoais, no trabalho e no lazer com taxas de suicídio em torno de 10 a 15% dos casos. Bastante comum e grave, a depressão pode surgir em qualquer idade ao longo da vida sendo 2 a 3 vezes mais comum no sexo feminino.

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As causas da depressão são multifatoriais e resultantes da complexa interação de processos biológicos (resposta ao estresse), psicológicos (personalidade e relacionamentos pessoais), ambientais (dieta e álcool) e genéticos.

As manifestações clínicas da depressão são físicas e psíquicas tendo como sintomas chaves o humor triste e o desânimo com prejuízo na capacidade de sentir alegria e prazer. Os afetos são negativos, sendo caracterizados por sentimentos de baixa autoestima, culpa, desesperança, apatia, solidão e vazio. Há prejuízo das funções cognitivas como pensamento lentificado e queda na capacidade de concentração. Há alterações nos ritmos biológicos e sintomas vegetativos com aumento ou diminuição no sono e apetite. Também podem estar presentes, em formas mais graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações) e marcante alteração psicomotora. Os quadros variam de intensidade e duração podendo ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves.

O manejo da depressão depende do diagnóstico apropriado. O curso da doença e a escolha do tratamento são influenciados por vários fatores como: idade, sexo, gravidade dos sintomas, resposta anterior, tolerância a efeitos adversos e comorbidades, sendo o psiquiatra o profissional médico mais capacitado para confirmação diagnóstica e prescrição medicamentosa.

Autora
Maria Cristina Fortuci de Souza Pandolfo

 

Referência bibliográfica

Dalgalarrondo P. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2.ed. Porto Alegre: Artmed; 2008.

Forlenza OV, Miguel EC. COMPÊNDIO DE CLÍNICA PSIQUIÁTRICA. Barueri, SP: Manole, 2012.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM- 5. Porto Alegre: Artmed, 2014.